segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Avião russo cai no Egito

Avião russo cai no Egito: veja o que se sabe sobre a tragédia

Aeronave com 224 pessoas a bordo caiu no Sinai; todos morreram.
Estado Islâmico reivindicou queda; autoridades rejeitam declaração.

Do G1, em São Paulo
Destroço do avião que caiu neste sábado (31) é visto em Hassana, no Sinai egípcio (Foto: Suliman el-Oteify, Egypt Prime Minister's Office via AP)Destroço do avião que caiu neste sábado (31) é visto em Hassana, no Sinai egípcio (Foto: Suliman el-Oteify, Egypt Prime Minister's Office via AP)
Um avião da companhia aérea russa KogalimAvia, mais conhecida como Metrojet, caiu no último sábado (31) na região do Sinai egípcio, matando as 224 pessoas a bordo.
Veja o que se sabe sobre a tragédia.
O voo
O voo KGL 9268 saiu de Sharm El-Sheikh, cidade no litoral do Egito, e seguia para São Petersburgo, na Rússia, quando caiu na madrugada de sábado.
Ele transportava 217 passageiros (214 russos e três ucranianos) e sete tripulantes. Entre os passageiros estavam 25 crianças.
Mapa queda do avião (Foto: Editoria de Arte/G1)
A queda
O Airbus A321 perdeu contato com os radares 23 minutos após a decolagem, quando sobrevoava a cidade de Larnaka. Ele caiu em uma região montanhosa.
Segundo especialistas russos, o avião se despedaçou no ar, e seus fragmentos se espalharam por uma área de 20 quilômetros quadrados.
Resgate
Cerca de 150 corpos foram encontrados em um raio de 5 km. Alguns passageiros foram encontrados ainda presos a suas poltronas.
O governo russo encaminhou os corpos de 144 vítimas para São Petersburgo, onde eles passarão por procedimentos para sua identificação.
As caixas-pretas foram encontradas e sua análise já começou.
Motivos
O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a queda do avião, afirmando ter abatido a aeronave e indicando que agiu em retaliação à intervenção militar da Rússia na Síria.
Os governos russo e egípcio rejeitaram a declaração, disseram que as informações não são exatas e pediram que todos esperem os resultados da investigação antes de evocarem possíveis razões para a tragédia.
O chefe da inteligência americana, James Clapter, afirmou que não há por ora sinais de que houve um ato terrorista - e disse que que é improvável que o Estado Islâmico conte com os meios necessários para derrubar um avião comercial em pleno voo.
A Metrojet excluiu a possibilidade de falha técnica ou erro de pilotagem, e disse que só apenas uma ação externa é vista como causa possível para a queda.
Segundo a companhia, a tripulação perdeu o controle total da aeronave e não tentou entrar em contato com controladores aéreos.
A empresa também disse que o avião havia passado por inspeção de rotina antes do voo, e estava em “excelente estado técnico”.
A região
O deserto do Sinai, onde ocorreu a queda do avião, é uma vasta península da região leste do Egito, alvo frequente de ações armadas e atentados cometidos pelo braço local dos jihadistas do Estado Islâmico.
O grupo terrorista também tem ação constante no Iraque e na Síria – esta última em guerra civil há mais de 4 anos, um conflito com mais de 250 mil mortos.
A Rússia decidiu agir no conflito sírio para apoiar o governo de Bashar al-Assad, e afirma bombardear alvos do grupo o Estado Islâmico e outros grupos "terroristas" que se opõem ao poder. Sua ação militar na região começou no dia 30 de setembro.
A medida alterou o equilíbrio de forças na Síria – já que os Estados Unidos, que também combatem o Estado Islâmico, apoiam e dão suporte militar aos rebeldes sírios, que são contrários a Assad.
Parentes de vítimas de tragédia aérea no Egito deixam necrotério depois de um processo de identificação em São Petersburgo  (Foto: AFP PHOTO / Vasily Maximov)Parentes de vítimas de tragédia aérea no Egito deixam necrotério depois de um processo de identificação em São Petersburgo (Foto: AFP PHOTO / Vasily Maximov)origem da noticia: G1

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